Cada dia é mais comum ver mulheres atuando em profissões que eram exclusivamente masculinas. As motoristas de táxi pertencem a este grupo de mulheres que lutam por maior espaço no mercado. Em apoio às profissionais, a vereadora Tânia Bastos (PRB), presidente da Comissão Permanente de Defesa da Mulher, apresentou à Câmara o Projeto de Lei n° 558/2013, que estabelece normas na concessão de permissões para taxistas mulheres no Município.
A proposta pretende assegurar no mínimo 20% das permissões a serem liberadas, concedidas, distribuídas, redistribuídas e/ou licitadas pelo Poder Executivo para as mulheres taxistas. “A aprovação dessa lei garantirá às motoristas auxiliares de táxi o direito ao exercício pleno da profissão”, afirma a parlamentar.
“Além de garantir o direito ao exercício pleno da profissão, este projeto promove no município do Rio uma nova era na política de gênero, atendendo à igualdade prevista na Carta Magna” – Vereadora Tânia Bastos.
Dinamismo feminino
A comunidade “Mulheres Taxistas do RJ” está no Facebook, literalmente, mostrando que o dinamismo da mulher vai muito além do que poderiam imaginar nossas avós. As taxistas então começam a se fazer notar. Em São Paulo elas já são 7% do total de profissionais motoristas de táxi ativos na cidade. Em verdade o número de taxistas mulheres aumentou 162% naquela cidade, chegando a 5.408.
Como presidente da Comissão de Defesa da Mulher, a vereadora Tânia Bastos não poderia ficar alheia a mais essa transformação social. Ela recebeu em seu gabinete um grupo de mulheres taxistas que lhe entregaram um abaixo assinado reivindicando concessões para elas, pois até o momento esse direito só chega a elas quando deixado de herança pelo pai ou pelo marido.
Entretanto, elas começaram a dirigir os táxis no início do século XX, mais exatamente em 1908, quando Madame Decourcelle recebeu sua licença para trabalhar com seu táxi em Paris. Em Nova York foi a motorista Gertrude Jeannette a primeira mulher a conseguir uma licença para trabalhar como taxista, em 1942. E em São Paulo, no ano de 1958, foi a vez de Maria do Rosário tornar-se a primeira taxista da cidade. As mulheres avançam.
Fonte: Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro