Para marcar o mês dedicado às mulheres, a Comissão Permanente de Defesa da Mulher da Câmara Municipal e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Prefeitura do Rio de Janeiro promoveram o debate “A imagem da mulher nos meios de comunicação”, no Salão Nobre.
O evento contou com a presença ilustre da psicóloga e escritora especialista no tema, Rachel Moreno. A autora dos livros “A beleza impossível – mulher, mídia e consumo” e “A Imagem da Mulher na Mídia – Controle Social Comparado” veio de São Paulo especialmente para ministrar a palestra.
Durante o encontro, Rachel Moreno destacou os padrões estéticos dos veículos de comunicação, a forma como o comportamento e a beleza da mulher são retratados, a questão da violência contra mulher e ainda traçou um panorama mundial sobre o tema.
“As mulheres representam 52% da população e detêm 85% das decisões de consumo. Somos abundantes enquanto musas ou promessas implícitas de conquista associadas aos produtos de consumo masculino e ausentes dos espaços ditos sérios como telejornais, onde estamos em apenas 18% das informações, em que aparecemos predominantemente como testemunhas ou vítimas, e quase nunca como especialistas, segundo aponta uma pesquisa internacional da Unesco. A liberdade da mídia é total, mas precisamos regular os meios de comunicação para combater este estereótipo”, avalia a especialista.
Para a Secretária especial de Políticas Públicas da Prefeitura do Rio de Janeiro, Ana Rocha, a discussão foi produtiva. “O debate foi ótimo. Espero que a nossa parceria com o Legislativo Carioca continue para que possamos dar seguimento a este espaço tão importante para conscientização das nossas mulheres”, afirmou.
Já a presidente da Comissão Permanente de Defesa da Mulher, vereadora Tânia Bastos (PRB), confirmou que novos encontros serão agendados. “Com certeza iremos promover outros debates para que deles saiam ideias de projetos de lei de forma a contribuirmos para mudar a história da mulher neste país. A parceria com a Prefeitura do Rio e a sociedade civil é fundamental para avançarmos com políticas públicas eficazes”, concluiu.
