O mapa sobre “Mulheres na Política 2015” revela um lento progresso em relação à igualdade de gênero e à participação de mulheres na vida pública. O documento foi lançado na terça-feira, na sede das Nações Unidas em Nova York.
Representantes da ONU e da União Interparlamentar, UIP, alertaram que esse avanço vagaroso vai afetar a nova agenda de desenvolvimento pós-2015, que será adotada ainda neste ano.
2030
A diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, afirmou que “se os líderes mundiais fizerem da igualdade de gênero sua prioridade e cumprirem a promessa feita há 20 anos, será possível atingir o objetivo até 2030”.
Ela voltou a pedir que a comunidade internacional renove o compromisso e os investimentos para alcançar as metas da Plataforma de Ação de Pequim.
O mapa sobre Mulheres na Política 2015 mostra que 48 países têm 30% ou mais de mulheres em seus Congressos ou Parlamentos, mais do que os 46 países do ano passado e dos 42 de 2013.
A média global chegou a 22% de mulheres nos Parlamentos. A região das Américas registra o maior índice, com média de 26,4%, sendo a Bolívia o segundo país no mundo da lista, com 53,1% de seu Congresso formado por mulheres.
Do lado oposto, está a região do Pacífico, com as menores taxas.
Chefes de Estado
O documento mostra ainda que o número de mulheres Chefes de Estado ou de Governo voltou a atingir o recorde anterior com 19 a ocupar os cargos, entre elas a presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
Da mesma forma, subiu de 670 para 715 a quantidade de mulheres que ocupa a chefia de ministérios. Segundo o mapa sobre Mulheres na Política, 30 países têm atualmente pelo menos 30% ou mais de mulheres ministras.
O documento diz ainda que apenas oito nações não têm nenhuma mulher em posição de comando no governo: Bósnia-Herzegovina, Brunei, Hungria, Paquistão, Arábia Saudita, Eslováquia, Tonga e Vanuatu.
Fonte: Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.