Hoje é o Dia Internacional da Mulher. Uma data simbólica que surgiu da luta das mulheres por condições melhores de trabalho, vida e direito ao voto, que no Brasil foi conquistado em 1932 e estendido à obrigatoriedade em 1946, permitindo que o direito fosse exercido, há pouco tempo, historicamente por sinal.
Incrível né?
E, por isso, fico lisonjeada por fazer parte da representatividade das mulheres na política, que nesta Casa somos apenas 13%, inclusive desde 1981, só tivemos uma mulher ocupando a Presidência de fato.
No Carnaval um movimento tomou conta das ruas o “Não é Não”. Que vai muito além dos momentos festivos, ele retrata o nosso cotidiano. Infelizmente sofremos, até por questões educacionais, os abusos que até pouco tempo não tinham nem nomes.
Há alguns dias, tivemos a notícia de que apesar da legislação em vigor que reserva os vagões de trem e metrô paras as mulheres, casos como no ano passado de assédio ainda se repetem. Claro que gostaria de compartilhar notícias positivas, mas apesar dos avanços obtidos pelas Leis Maria da Penha e do Feminicídio continuamos com os mesmos relatos e notícias quanto à falta de respeito à mulher.
E faço um parêntese, se precisamos legislar sobre isso, ou seja, separar vagões, é porque algo já estava errado e temos que reconhecer e trabalhar esses erros. E evoluir como Sociedade.
Atletas e Artistas estão se colocando contra o assédio, que infelizmente ocorre em todas as esferas da Sociedade. Na Síria, mulheres estão matando as suas filhas e se suicidando para não serem violentadas.
Segundo o Tribunal de Justiça os casos de estupros aumentaram significativamente de 2016 para 2017, e a justiça do Rio tem hoje 124 mil 781 processos em andamento e, até o momento, foram expedidas 1876 medidas protetivas, só este ano de 2018, meus caros.