O céu ficou totalmente azul, neste domingo (08/04), não só pelo lindo dia, mas também pela quantidade de balões azuis que se espalharam ao ar após serem soltos pelas cerca de 6 mil pessoas que apoiaram a 8ª Caminhada pela Conscientização do Autismo, organizada pela Fundação Mundo Azul, na orla do Leblon, zona sul do Rio. O evento que contou com a presença do senador Eduardo Lopes (PRB), da vereadora Tânia Bastos (PRB) – madrinha da causa; da primeira-dama Sylvia Jane Crivella, coordenadora da Obra Social Abrace o Rio; da deputada estadual Tia Ju (PRB), autoridades políticas, líderes de ONGs e pais de autistas, recebeu o apoio da Rede Record e da Prefeitura do Rio.
O senador Eduardo Lopes ressaltou que quando não se conhece o transtorno corre-se o risco de se ter preconceito, “por isso, a conscientização. Temos que acolher os autistas na nossa sociedade. Muitos que estão aqui contam a luta que é ter um filho com transtorno devido a falta de conhecimento de muitos. Então nós estamos aqui para conscientizar, acolher e incluir os autistas na sociedade”, disse o senador, citando a Lei Municipal 6.101/2016, de autoria da vereadora Tânia Bastos, que determina que estabelecimentos públicos e privados incluam nas placas de atendimento prioritário o símbolo mundial do autismo.
A vereadora Tânia Bastos destacou que “a conscientização é o primeiro passo para coibir o preconceito. Precisamos nos unir para que os autistas e suas famílias tenham dignidade. Sabemos que estas pessoas carecem de atenção especial por conta da precariedade e ineficiência dos serviços oferecidos pelos órgãos públicos. Com relação a legislação, eu mesma sou autora de pelo menos sete leis que beneficiam estas pessoas. Entre elas, inclui diagnóstico precoce; atendimento multiprofissional; acesso à educação e ao mercado de trabalho”, disse a parlamentar destacando o apoio do prefeito que também irá beneficiar os autistas, ao publicar nesta semana a convocação dos 110 agentes de apoio à Educação Especial empossados em março.
Para a primeira-dama, Sylvia Jane Crivella, “até um tempo atrás, poucas pessoas sabiam o que era autismo porque quem tem, não apresenta deformidade física. Por isso, crianças e jovens eram rotulados como mal-educados e rebeldes, gerando sofrimento para eles e suas famílias. É importante que todos tenham um olhar de acolhimento para que os autistas sejam inseridos na sociedade, enfatizou Jane Crivella que está engajada há anos na causa das pessoas com o transtorno.
Denise Fonseca Aragão, relações públicas da Fundação Mundo Azul e mãe de um autista, explica que o transtorno envolve uma em cada 68 crianças. “Ela destaca que desde que as caminhadas começaram, tem-se observado que as pessoas tem tomado mais conhecimento a respeito do transtorno. Embora ainda haja muito para ser feito, muitos direitos já foram conquistados e muito já feito pelas pessoas com autismo. Por isso não podemos parar”, discorreu.
O autismo, também conhecido como Transtornos do Espectro Autista (TEA), gera dificuldade na comunicação, na interação e no comportamento social da criança. O 2 de abril foi separado como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo.
No próximo domingo, o evento acontecerá na Praia da Bica, na Ilha do Governador, às 9h30.
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Por Leticia Namorato/ Ascom Tânia Bastos
Fotos: André Barbosa