A vereadora Tânia Bastos participou da audiência pública promovida pelos deputados estaduais Rodrigo Neves (Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional), Alexandre Calazans (presidente da Comissão das Políticas Urbanas, Habitação e Assuntos Fundiários) e André Corrêa (Comissão de Economia, Indústria e Comércio) nesta terça-feira.
Com o tema “O desenvolvimento regional, os municípios e o plano de habitação popular”, o evento começou com a apresentação da superintendente da Caixa Econômica Federal no Rio, Nelma Souza Soares sobre o programa do governo federal “Minha casa, minha vida”, que prevê a construção de 75 mil casas populares somente no Rio de Janeiro com prestação mínima de R$ 50 para famílias de baixa renda.
Após a explicação, o secretário de Estado de Habitação, Leonardo Picciani, o presidente da Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro, Vicente de Paula Guedes, e o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio, Abrahão Roberto Kauffmann, elogiaram o projeto do governo e disseram acreditar no sucesso dele.
O público pôde tirar dúvidas, criticar e dar sugestões aos convidados. A vereadora Tânia Bastos expôs a necessidade de acelerar o processo de reconhecimento de posse de terrenos ocupados para que os menos favorecidos sejam incluídos no projeto habitacional.
“Gostaria de sugerir que os governos se unam para resolver esse problema e os benefícios do programa sejam ampliados. Também quero aproveitar para denunciar que os moradores dos bairros Tubiacanga e Tacolomi, na Ilha do Governador, vivem ao lado de lixo hospitalar e lutam até hoje para ter sua situação regularizada”, reivindicou a parlamentar.
Segundo o secretário de habitação, Leonardo Picciani, a informação era desconhecida. “Não sabia desse fato, mas estou me comprometendo a fazer uma reunião na comunidade ao lado da vereadora e do deputado estadual Alexandre Calazans para avaliar a necessidade do local e buscar soluções. Também vou pedir ao Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro (Iterj), que está passando por uma reestruturação, que faça um levantamento topográfico da região”, afirmou ele.
Os moradores e a vereadora comemoraram a certeza de que haverá um diálogo com o Governo do Estado para solucionar o problema. “Esse encontro foi excelente. Demos um passo muito grande ao conseguir agendar uma reunião com o secretário”, disse Tânia.
Tubiacanga e Tacolomi foram colonizadas ainda em 1800 por índios. Depois que eles deixaram a região, o local foi ocupado por negros e até hoje são consideradas comunidades quilombolas.