Por iniciativa da vereadora Tânia Bastos (PRB), a Câmara Municipal do Rio de Janeiro sediou o Debate Público sobre o Transporte Complementar Cabritinhos nesta quarta-feira (29/6).
A parlamentar pediu mais agilidade no processo de legalização e criticou o fato de o Departamento de Transportes do Estado do Rio de Janeiro (Detro) não ter enviado nenhum representante para o debate. “O Detro entra pela contramão e fiscaliza esses transportes como uma verdadeira caça às bruxas. Eles ignoraram nosso convite para comparecer aqui hoje. O fato é que fiz um requerimento de informações à Secretaria Municipal de Transporte e recebi a resposta de que o convênio entre o Detro e a Prefeitura não foi renovado, ou seja, eles estão proibidos de atuar na fiscalização e cobrar as multas exorbitantes”, afirmou Tânia Bastos.
O vereador Chiquinho Brazão (PMDB) destacou que, diferentemente dos transportes alternativos, os “Cabritinhos” não competem com as concessões públicas, porque circulam apenas nas áreas de difícil acesso e nas comunidades, onde não transitam os transportes de massa. Já Tio Carlos (DEM) lembrou que o prefeito Eduardo Paes, quando era candidato, se comprometeu com a legalização desse serviço. O vereador Paulo Messina sugeriu a volta das permissões provisórias até que regulamentação aconteça em definitivo.
Usuária dos “Cabritinhos”, Arlete Mattoso, 84 anos, moradora da Ilha do Governador, emocionou os presentes. “Eu dependo deste transporte para sair de casa. Uma vez, eu fiquei mais de quatro horas esperando uma condução, porque estava acontecendo uma fiscalização e os Cabritinhos não podiam circular. Pelo amor de Deus, eu queria que as autoridades públicas levassem em consideração que não só eu como os deficientes físicos e as crianças necessitam, urgentemente, dos Cabritinhos”, reivindicou ela já chorando.
Segundo o coordenador geral de concessões da Secretaria Municipal de Transportes, Antônio Jofre, o Poder Executivo está se empenhando em resolver o problema. “Enviamos uma proposta à Procuradoria para que os Cabritinhos sejam tratados como os taxis e não precisem mais de licitação pública, mas apenas de uma autorização do Poder Executivo para circular. Seria uma luz no fim do túnel para esses motoristas. Estamos no caminho certo e vamos ter uma solução”, concluiu ele.
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