A semana começou com o importante Debate Público com o tema: “Mortalidade Materna, uma análise da situação no município”, na manhã desta segunda-feira (29), na Câmara Municipal. Os dados apresentados foram alarmantes. A cidade do Rio é a sexta pior para as mulheres engravidarem no país, 12,5% das gravidezes terminam em aborto e a cada 100 mil grávidas no ano passado, 72 morreram durante o parto. Muitos desses casos são preexistentes e mostram a falta de acesso ao serviço público de qualidade e ao pré-natal. O sistema público de saúde municipal oferece 12 maternidades no Rio.
“Desde o fim do atendimento de maternidade na Ilha e com a implantação do Cegonha Carioca nos bairros, que recebo pedidos de socorro de mães em trabalho de parto. O que tem acontecido é que por serem moradoras de comunidades, consideradas área de risco, em alguns casos os responsáveis pelo atendimento na ponta têm se negado a atender essas gestantes. Tenho relatos de bebês que nasceram em casa, que os vizinhos ajudaram, que nasceram na rua, em viaturas policiais, e que até receberam um pedido de sair da comunidade, a pé, para que fossem atendidas, isso em trabalho de parto. Sugeri a necessidade de que mulheres grávidas tenham um canal direto para sugestões e denúncias sobre o atendimento do programa, com o objetivo de termos uma prestação de serviço mais humano e responsável”, sugeriu a parlamentar.