Cerca de 40 pais de alunos especiais se reuniram com a vereadora Tânia Bastos em frente à Escola Municipal Rotary Club, no Jardim Guanabara, Ilha do Governador, para discutir o projeto da Prefeitura do Rio, que pretende integrar as crianças especiais às turmas regulares, já no ano que vem.
Atualmente, esses estudantes estão separados em 759 turmas em dez escolas especiais. Apenas três mil dividem as salas de aula com colegas do ensino regular. Para promover a mudança, a Secretaria de Educação prevê medidas como a contratação de intérpretes de linguagem de sinais (libras) e a compra de laptops para auxiliar no aprendizado das crianças. Mas a novidade não agradou às famílias dos alunos.
A advogada Danielle Causanillhas, mãe de uma menina de 6 anos autista, já viveu a experiência de ter a filha em uma creche comum, mas não aprovou. “A socialização só aconteceu no início porque ela usava fralda e não engatinhava como os outros. Na hora de aprender, da aula em si, foi bem complicado. Ela ficou isolada do grupo. Além de não conseguir participar das atividades, a professora sofria porque não podia dar a atenção que minha filha merecia”, lembra.
Depois de ouvir o drama dessas famílias, a presidente da Comissão de Defesa da Mulher da Câmara Municipal do Rio, a parlamentar Tânia Bastos entrou em contato com a Secretária de Educação, Cláudia Costin.
“Vamos tentar solucionar o problema através do diálogo. Já agendei uma reunião com ela e os pais para o próximo dia 30 de outubro. Esta é a oportunidade que vamos ter de esclarecer as dúvidas e informar a população”, concluiu ela, que deve fazer novas visitas nas escolas que já realizam a inclusão.
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