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Presidente da Comissão da Mulher da Câmara do Rio, Tânia Bastos participa da caminhada Rompendo o Silêncio

Por Vanessa Santana /VPR -RJ

ROMPENDO O SILENCIO1Presidente da Comissão Permanente de Defesa da Mulher da Câmara do Rio de Janeiro, a vereadora Tânia Bastos participou da caminhada “Rompendo o Silêncio”, realizada neste sábado (26/11).

“Esta iniciativa é fundamental para chamar atenção e mobilizar a sociedade para um assunto tão sério quanto como esse. Somente no Brasil, a cada 15 segundos, uma mulher é espancada. A cada nove segundos, uma mulher é ofendida na conduta sexual. Também a cada nove segundos, uma mulher é desmoralizada no trabalho doméstico ou remunerado. A Lei Maria da Penha protege essa mulher e precisamos nos unir para que ela seja cumprida. É hora de dar um basta à violência”, disse Tânia.

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Cerca de três mil mulheres percorreram aproximadamente 1,2 km da Avenida Suburbana, zona norte da cidade, saindo do Norte Shopping em direção ao Cenáculo Matriz de Del Castilho. O evento foi realizado em todo o Brasil em homenagem ao Dia Internacional da não violência contra a mulher, ocorrido no último dia 25 de novembro.

Com o objetivo de conscientizar e incentivar as mulheres para que elas denunciem as agressões sofridas, palestras sobre a Violência Contra a Mulher – Prevenção e Combate foram realizadas. Profissionais como advogados, assistentes sociais e psicólogas também aderiram à campanha e prestaram consultoria para todas as mulheres presentes.

Palestras

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Com a apresentação de Mariléia Salles, às 16h30m teve início a apresentação de estatísticas da violência doméstica no Rio de Janeiro. Na América Latina e no Caribe, a violência doméstica incide sobre 25% a 50% das mulheres. No Brasil, uma entre quatro mulheres é vítima de violência doméstica.  No mundo, a cada cinco dias de falta da mulher ao trabalho, um é decorrente de violência sofrida no lar. O Brasil deixa de aumentar em 10% o PIB em decorrência da violência contra a mulher

Sueli Murat, delegada titular da Delegacia Especial de Atenção à Mulher (DEAM), falou sobre os níveis de violência, a amplitude da Lei Maria da Penha e incentivou a vítima deste crime a procurar auxílio policial. “A mulher tem dignidade para ir ao policial para denunciar, romper o silêncio. O crime contra a mulher é um crime contra os direitos humanos”, declarou a delegada.

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A assistente social Ione Mello palestrou sobre o trabalho realizado com mulheres vítimas de violência, de deixá-las falar sobre o que sofreram. Logo após, as participantes assistiram a uma apresentação teatral que encenou o retrato de vida de muitas vítimas, com uma cena de agressão de um casal. Ao fim da encenação, um testemunho de vitória contra as agressões. Adriana Lopes, 36 anos, dividiu um pouco do sofrimento que viveu quando o marido a agredia, e contou como conseguiu transformá-lo de agressor em um esposo amoroso. “Aquela mulher frágil que era agredida morreu. Sou uma nova mulher após meu encontro com Jesus através de um convite da Igreja Universal. Nela aprendi a usar o poder da minha fé e a mudar meu casamento. Hoje somos felizes e trabalhamos juntos, sem brigas, discussões ou agressões, com uma vida completa e feliz. Há sempre uma saída para cada uma de vocês”, afirmou a esposa de pastor Adriana.

6407069825_6855d123f2_oNuma mensagem em vídeo, a organizadora do evento, D. Cristiane Cardoso, enviou uma mensagem a todas as mulheres: “Muitas mulheres acabam perdendo seu potencial quando deixam as interferências do mundo exterior abalarem seu interior, e isso a vai destruindo aos poucos. Mas através do uso da fé, nós passamos a entender como Deus nos vê, e mesmo sem condições, vencer todas as nossas lutas e desafios. Se entendermos o nosso valor diante de Deus podemos sim ser as melhores mulheres, as mais felizes”, declarou.

Finalizando o evento, a D. Sandra Ávila, coordenadora do evento no Rio de Janeiro, orou por todas as mulheres, em especial pelas que já passaram ou ainda passam situações de violência e abusos dentro de casa. Além de receberem de presente o livro A Mulher V, após o evento, assistentes sociais, médicas e psicólogas prestaram atendimento gratuito a todas.

Orientação

De acordo com o assistente social Fábio Sebadelle, 32 anos, poucas são as mulheres que conseguem quebrar a barreira do medo de expor seus casos de agressão. “Todo ser humano tem o direito de ser tratado com respeito ou dignidade. Elas precisam ter a consciência de que não estão sozinhas e podem sim quebrar esse círculo de violência, denunciando e fazendo valer do seu direito”, explicou. Para a psicóloga Márcia Passarelles, 50 anos, em muitos casos, as mulheres não percebem que podem vencer a luta contra as agressões. “Nosso papel é oferecer-lhes auto-estima, mostrar que elas são merecedoras de amor, carinho e afeto”, conta.

DSC02645Disque-Denúncia

Para denúncias de agressão, as mulheres podem ligar para a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180. A ligação é gratuita e funciona 24 horas por dia, de segunda à domingo, inclusive feriados. O atendimento é de âmbito nacional.

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