Projetos para os setores de cultura e turismo foram apresentados nesta terça-feira, 29 de setembro, no Plenário da Câmara Municipal pela secretária de Cultura, Jandira Feghali, e o secretário especial de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Mello, em audiência pública promovida pela Comissão Especial do Plano Diretor.
A Secretária Municipal de Cultura, Jandira Feghali, apresentou as novas propostas para o Plano Diretor. Entre elas, a declaração e registro de Sítio Cultural e Paisagem Cultural. O primeiro é o espaço da cidade que por suas características sócio-espaciais e por sua história constitua-se em relevante referência a respeito do modo de vida do carioca ou trate-se de local de significativas manifestações culturais ou possua bens imateriais que contribuam para perpetuar sua memória. Já Paisagem Cultural é a interação entre a paisagem e o patrimônio natural com a intervenção do homem, como por exemplo, o Cristo Redentor.
A secretária também falou sobre a criação do Fundo Municipal de Conservação do Patrimônio Cultural, que determina que o percentual das receitas provenientes de outorga onerosa de imóvel situado em Área de Proteção do Ambiente Cultural – APAC – ou em Área de Entorno de Bem Tombado que seria referente ao fundo municipal de habitação seja destinado ao Fundo Municipal de Conservação do Patrimônio Cultural. “A intervenção urbana não pode estar descolada da memória e da história da cidade”, afirmou Jandira Feghali. No debate sobre cultura uma das questões mais discutidas foi a falta de investimentos culturais na Zona Oeste.
Para o secretário especial de Turismo Antonio Pedro, os objetivos da gestão para a Cidade são expandir a infraestrutura do turismo; promover o turismo para o desenvolvimento econômico do Rio; monitorar, valorizar e proteger o patrimônio cultural e turístico, consolidar a Marca Rio; compatibilizar essa atividade com a proteção ao meio ambiente; capacitar e qualificar a mão de obra; incrementar o Calendário de Eventos; incentivar a expansão da indústria hoteleira e dos demais meios de hospedagem; ampliar o tempo de permanência do turista na cidade e promover o Destino Rio no Brasil e no exterior. “Temos hotéis de duas e três estrelas que não deveriam ter nenhuma. Temos que qualificar e crescer a rede hoteleira, mas sem perder a medida. Em São Paulo tem muita oferta e vários hotéis ficam com baixa ocupação em boa parte do ano”, alertou o secretário.
Dentre as diretrizes encontra-se as parcerias com a iniciativa privada a fim de desenvolver novos projetos visando promover o “Produto Rio”; estruturar os corredores turísticos com transportes adequados e criação de um cinturão de segurança na sua extensão, além da criação dos Pólos Rio Antigo, Litoral e Natural, assim como a instalação de novos postos de atendimento ao turista e reformas do posto da Rodoviária Novo Rio e do Aeroporto Internacional Tom Jobim.