No Salão Nobre da Câmara, a parlamentar recebeu profissionais renomados no tema para uma apresentação pela Semana Nacional de Conscientização, anualmente, no mês de agosto: “Descomplicando e Ressignificando o TDAH”.
O TDAH é uma condição neurológica que afeta crianças, adolescentes e até mesmo adultos. Caracteriza-se por dificuldades em manter a atenção, inquietude, impulsividade e dificuldades no controle de comportamentos. Esses sintomas podem interferir no desempenho acadêmico, profissional e nos relacionamentos pessoais.
É uma condição neurológica que afeta crianças, adolescentes e até mesmo adultos. A maior incidência, de acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), ainda é em crianças: cerca de 3% a 5% da população mais jovem de todo o mundo. O transtorno afeta o paciente ao longo da vida, incluindo na fase adulta.
Embora as causas exatas ainda sejam desconhecidas, acredita-se que fatores genéticos, neuroquímicos e ambientais possam estar envolvidos no desenvolvimento do transtorno. Também é importante destacar que o TDAH não é resultado de falta de disciplina, educação inadequada ou apenas um comportamento “hiperativo”. Trata-se de um transtorno real, com base biológica e que requer intervenção adequada.
“O diagnóstico do TDAH é feito através de uma avaliação detalhada, que envolve observação do comportamento e entrevistas com pais, professores e o próprio indivíduo. É importante descartar outras condições que possam se assemelhar aos sintomas do TDAH, como ansiedade, depressão ou problemas de aprendizagem”, explicou à psicóloga Francilene Torraca, mediadora do evento.
“Tânia Bastos comentou sobre a relevância do evento:” É importante ressaltar que o TDAH não define a personalidade de uma pessoa e que, com o tratamento e suporte adequados, as pessoas podem alcançar o sucesso na vida pessoal e profissional. Também é essencial que haja uma rede de apoio integrada e atenção do poder público, com a Saúde e a Educação caminhando juntas”.
O tratamento do TDAH envolve uma abordagem multidisciplinar, que inclui a combinação de intervenções comportamentais, psicoeducativas e farmacológicas. As intervenções comportamentais e psicoeducativas incluem o estabelecimento de rotinas, técnicas de organização, estratégias de gerenciamento de tempo, treinamento de habilidades sociais e emocionais e apoio psicoterapêutico. No caso do tratamento farmacológico, medicamentos estimulantes e não estimulantes podem ser prescritos por um profissional de saúde, como um médico psiquiatra.
Participantes: Francilene Torraca Psicóloga / Neuropsicóloga, presidente da ABRAMUTE (Ass. Brasileira de Mutismo Seletivo e Ansiedade Infantil), Ilana Pinheiro – psicóloga, mestre e doutoranda pela UFRRJ e Silvia Regina Mariama– médica e presidente da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil e profissões Afins- ABENEPI RIO.
Em suma, o TDAH é uma condição que requer compreensão e suporte. Com um diagnóstico precoce, intervenção adequada e contínua é possível ajudar as pessoas com TDAH a enfrentar os desafios e alcançar seu máximo potencial.