A vereadora Tânia Bastos (PRB) destacou os avanços das pesquisas relacionadas ao autismo. Na Califórnia, um grupo estuda um medicamento que promete reverter o transtorno.
No Brasil, especialistas da Universidade de São Paulo deram um passo importante no tratamento do autismo. A equipe brasileira analisou mais de mil pacientes no Instituto de Biociências da USP. Com o material retirado de um dente de leite de um paciente autista, que serviu de base para a pesquisa, publicada em uma das principais revistas científicas do mundo, a equipe da geneticista Karina Oliveira identificou uma mutação em um gene chamado TRPC6.
Com a ajuda de equipes de universidades americanas, as células do dente foram transformadas em neurônios. Em um deles foi inserido um gene TRPC6 normal. Os sintomas do autismo desapareceram.
Ao mesmo tempo, o funcionamento do gene foi bloqueado em um neurônio normal, de outra pessoa. O resultado foi o oposto. Esse neurônio começou a apresentar características de autismo.
O passo seguinte seria desenvolver ou identificar uma droga, um medicamento que pudesse produzir em pacientes o mesmo efeito já obtido em laboratório. A boa surpresa foi descobrir que não apenas essa substância já existe, como está associada à medicina popular.
A hiperforina é encontrada na erva de São João, indicada para o tratamento de depressão. Aplicada em laboratório, a hiperforina também conseguiu corrigir neurônios com autismo.
Segundo a vereadora Tânia Bastos, o poder público precisa acelerar quando o assunto é o transtorno.
“Estamos caminhando e empenhados em descobrir a cura do autismo. O mundo inteiro estuda o tema, mas, infelizmente, não conseguimos garantir os direitos mais básicos destas pessoas”, afirmou.
Leis sobre o autismo da vereadora Tânia Bastos
A parlamentar é autora da Lei nº 5749, de 9 de junho de 2014, que institui programas e diretrizes que promovam a inclusão das pessoas com Transtorno do Espectro Autista no Município.
Também é dela a de nº 5.657/2013, que inclui o Dia Municipal de Conscientização do Autismo no Calendário Oficial da Cidade.
Além da Lei nº 5.389/2012 que dispõe sobre a divulgação da identificação do autismo infantil através de material impresso na cidade do Rio de Janeiro.
Fique por dentro:
Já tramita na Câmara, os Projetos de Lei nº 780/2014, que obriga a inclusão e reserva de vagas na rede pública e privada de educação para crianças e adolescentes com transtorno autista e o de nº 899/2014, que insere ações de capacitação dos profissionais de na rede pública de atenção primária e dá outras providências na Secretaria Municipal de Saúde.